sexta-feira, 31 de maio de 2013

Raiz, radical, afixos, alomorfes, vogal temática

Oii pessoal!

Desta vez vou relacionar os morfemas diretamente relacionado com o universo da realidade, o qual chama-se radical. O radical informa sobre o sentido básico da palavra. De acordo com  Kehdi temos: "O radical corresponde ao elemento irredutível e comum a palavras de uma mesma família. Devemos evitar a designação de raiz." 

Nós vamos adotar o conceito de Aronoff e Haspelmath sobre raiz/radical, pois o conceito é mais atual. A raiz é a base primária, elemento originário e irredutível, esta possui a base semântica da palavra. Radical  é a base secundária em que é possível acrescentar novos morfemas à língua. O radical é a junção da raiz com o morfema que forma, então, uma palavra.

Um determinado radical pode apresentar algumas variações. Observem, por exemplo, o radical vit/vid nas palavras vital, vitalício, vitalidade, vitalizador, revitalizar, vidinha, vidão, vidaço, vidaça. Apesar das diferenças de sentido, essas palavras tem um núcleo significativo comum, que é o radical. Por isso, elas pertencem a mesma família de palavras.

 Agora, vamos relacionar morfemas  com o universo da língua os quais são os afixos e vogal temática. Esses morfemas tem significação mais limitada, porque não estabelecem uma relação direta com o universo da realidade. Atuam no âmbito da própria língua, complementando ou mudando o sentido do morfema básico, o radical. 

Os afixos são morfemas que se juntam ao radical, modificando seu sentido básico. Quando são colocados antes do radical, chamam-se de prefixos; quando colocados depois do radical, chamam-se sufixos. Veja o exemplo:      in          dispens      ável
               (prefixo)   (radical)    (sufixo)

Os afixos gramaticas mais gramaticais são aqueles que fazem parte da flexão, assim como o sufixo de número, modo-tempo, verbo. Já os afixos derivacionais são aqueles que formam novas palavras.

A vogal temática é a vogal que sucede o radical de verbos ou nomes. Em verbos, indica a conjugação que pertencem. São vogais temáticas de verbos: -a, que indica a 1ª conjugação: junt a mos; -e, que indica a 2ª conjugação: bat e ndo; -i. que indica a 3ª conjugação: sent i a.

 Segue um exemplo, que me fez lembrar da matéria enquanto assistia a tv.


 



 Fazendo a análise de algumas palavras como inevitável e ináceitavel, podemos abordar o exemplo de  afixos, em que os morfemas se juntam ao radical. Veja:
  •      in         evit         ável
    (prefixo) (radical)  (sufixo)
  •  evit          ável
    (radical) (sufixo) 










domingo, 12 de maio de 2013



 Formas livres, presas e dependentes


        Independentemente do falante de uma língua ter ou não o conhecimento de sua própria língua, os processos de formação das palavras existem e são responsáveis pela formação destas.

         No mundo em que vivemos há uma constante transformação de objetos e conceitos que nascem no dia a dia devido às novas necessidades de comunicação. A língua se transforma e se recria constantemente.

         Conhecer os processos de formação de palavras nos possibilita e habilita a utiliza-los de forma mais eficiente e criativa. Por isso agora, vamos estudar as formas livres, presas e dependentes.

         De acordo com Bloomfield temos duas unidades formais: as formas livres, as quais constituem uma sequência que pode funcionar isoladamente contendo comunicação suficiente e as formas presas, que são aquelas que só funcionam ligadas a outras.

         As formas livres são aquelas que, sozinhas, possuem um significado e constituem um enunciado, permitindo que a interação e a comunicação sejam feitas. Por exemplo, a palavra “socorro”, rapidamente, as pessoas vão socorrer alguém ou perceber que alguém está em perigo, enfim, é possível que se compreenda a situação. Desta forma, esta palavra é uma forma livre, desapegada, não necessita de companhia de outros vocábulos para poder entender.

         As formas presas são aquelas que não possuem sentido sozinhas, e assim, não formam um enunciado se não estiverem ligadas. Por exemplo, o prefixo ‘re’, este só funciona ligada as palavras, como: rever, renascer, recorrer, recriar, refazer. De acordo com Bloomfield, a palavra pode ser constituída:

         a) de uma forma livre mínima, indivisível, por exemplo: leal, luz

         b) de duas formas livres mínimas, como: beija-flor, couve-flor

      c) de uma forma livre e uma ou mais presas, como: leal-dade , in- felizmente (sendo leal a unidade livre e dade a parte presa, e in a parte livre e felizmente a parte presa)

         Mattoso Câmara introduziu um novo conceito, as formas dependentes. Estas funcionam ligadas as livres, mas não tem um enunciado sendo sozinhas,pois a comunicação é insuficiente. Mas também não são presas, porque permitem a intercalação de novas formas entre elas. Para entendermos melhor, são formas dependentes os artigos, as preposições, algumas conjunções, os pronomes oblíquos, átonos que não podem constituir um enunciado.
        Já que estamos falando de formas livres dependentes e presas, é importante diferenciar e conceituar morferma de morfe.
          Morfema é a menor unidade significativa que se pode identificar. Ou seja, são as partes de uma palavra, é a menor partícula significativa. Quando analisamos uma palavra morfologicamente, ou seja, quando analisamos a sua forma, podemos separar as partes desta palavra, seus morfemas.
           Morfe é um segmento mínimo que representa um dado morferma, é a parte concreta. Por exemplo: o morfe -s, em livros, representa o plural de livro.
           Vamos ao momento de descontação do blog pessoal! 



          

            Analisando a tirinha acima, temos um exemplo de forma livre, a palavra socorro, que sozinha posssui uma comunicação suficiente. Assim que o filho pediu socorro o pai e a mãe foram acudir.