Formas livres, presas e dependentes
Independentemente do
falante de uma língua ter ou não o conhecimento de sua própria língua, os
processos de formação das palavras existem e são responsáveis pela formação destas.
No mundo em que vivemos há uma constante transformação de
objetos e conceitos que nascem no dia a dia devido às novas necessidades de
comunicação. A língua se transforma e se recria constantemente.
Conhecer os processos de formação de palavras nos
possibilita e habilita a utiliza-los de forma mais eficiente e criativa. Por isso
agora, vamos estudar as formas livres, presas e dependentes.
De acordo com Bloomfield temos duas unidades formais: as
formas livres, as quais constituem uma sequência que pode funcionar
isoladamente contendo comunicação suficiente e as formas presas, que são aquelas que
só funcionam ligadas a outras.
As formas livres são aquelas que, sozinhas, possuem um
significado e constituem um enunciado, permitindo que a interação e a
comunicação sejam feitas. Por exemplo, a palavra “socorro”, rapidamente, as
pessoas vão socorrer alguém ou perceber que alguém está em perigo, enfim, é
possível que se compreenda a situação. Desta forma, esta palavra é uma forma
livre, desapegada, não necessita de companhia de outros vocábulos para poder
entender.
As formas presas são aquelas que não possuem sentido
sozinhas, e assim, não formam um enunciado se não estiverem ligadas. Por
exemplo, o prefixo ‘re’, este só funciona ligada as palavras, como: rever,
renascer, recorrer, recriar, refazer. De acordo com Bloomfield, a palavra pode
ser constituída:
a) de uma forma livre mínima, indivisível, por exemplo:
leal, luz
b) de duas formas livres mínimas, como: beija-flor,
couve-flor
c) de uma forma livre e uma ou mais presas, como: leal-dade ,
in- felizmente (sendo leal a unidade
livre e dade a parte presa, e in a parte livre e felizmente a parte presa)
Mattoso Câmara introduziu um novo conceito, as formas
dependentes. Estas funcionam ligadas as livres, mas não tem um enunciado sendo sozinhas,pois
a comunicação é insuficiente. Mas também não são presas, porque permitem a
intercalação de novas formas entre elas. Para entendermos melhor, são formas
dependentes os artigos, as preposições, algumas conjunções, os pronomes
oblíquos, átonos que não podem constituir um enunciado.
Já que estamos falando de formas livres dependentes e presas, é importante diferenciar e conceituar morferma de morfe.
Já que estamos falando de formas livres dependentes e presas, é importante diferenciar e conceituar morferma de morfe.
Morfema é a menor unidade significativa que se pode identificar. Ou seja, são as partes de uma palavra, é a menor partícula significativa. Quando analisamos uma palavra morfologicamente, ou seja,
quando analisamos a sua forma, podemos separar as partes desta palavra,
seus morfemas.
Morfe é um segmento mínimo que representa um dado morferma, é a parte concreta. Por exemplo: o morfe -s, em livros, representa o plural de livro.
Analisando a tirinha acima, temos um exemplo de forma livre, a palavra socorro, que sozinha posssui uma comunicação suficiente. Assim que o filho pediu socorro o pai e a mãe foram acudir.

Olá, Mariana!
ResponderExcluirBoa definição dos termos, mas acho que faltou ainda um pouco mais de aprofundamento no gênero textual; essa parte ficou muito corrida. Que tal explorar mais esses recursos textuais? Outros pontos: em "infelizmente", temos forma presa {in-}, forma livre {-feliz-} e forma presa{-mente}; observe a pontuação, ela é muito importante para a coerência do texto. Abraços :)